Existe mesmo comida que aumenta a imunidade?
Nos últimos anos, a ideia de que certos alimentos “aumentam a imunidade” ganhou força, especialmente durante a pandemia. Mas, afinal, existe mesmo esse po...

Nos últimos anos, a ideia de que certos alimentos “aumentam a imunidade” ganhou força, especialmente durante a pandemia. Mas, afinal, existe mesmo esse poder em frutas, chás ou suplementos? Especialistas das Faculdades Pequeno Príncipe (FPP) esclarecem o que a ciência já comprovou e o que não passa de mito. “O corpo não funciona como um interruptor que pode ser ligado para aumentar a imunidade de uma hora para outra”. O nosso sistema imunológico é como uma poupança de saúde: você constrói a sua força e a sua resiliência com consistência, não com uma solução rápida. Não existe um "alimento milagroso" ou um "supersuplemento" que vai te proteger de uma hora para a outra. A chave está em nutrir o corpo de forma contínua, com hábitos saudáveis que se tornam parte da sua rotina, explica Songila Rocha, coordenadora de Nutrição da FPP. “O que temos são hábitos que fortalecem o sistema imunológico de forma contínua e equilibrada”. O que ajuda de verdade Manter uma dieta variada, rica em frutas, verduras, legumes, proteínas e cereais integrais, é a chave. “Nutrientes como vitamina C, vitamina D, zinco e ferro têm papel importante no funcionamento das células de defesa do corpo”. A hidratação também é essencial. “Beber água em quantidade adequada ajuda na circulação e na eliminação de toxinas, processos fundamentais para que o sistema imunológico funcione bem”. A nutrição e a hidratação são pilares inegociáveis para um sistema imunológico forte, mas a mágica não está em um único elemento, e sim na sinergia de bons hábitos, diz Songila Rocha. Para calcular a sua ingestão hídrica, use a fórmula: peso corporal (kg) x 35 ml para obter a quantidade diária recomendada. E o que é mito? A ideia de que existem superalimentos e soluções rápidas deve ser vista com cautela. “Não existe um chá ou uma cápsula que vá blindar o corpo contra doenças”, reforça Gabrielle Ducci, professora de Nutrição na FPP. “Essas soluções costumam simplificar um processo muito mais complexo: a busca pelo equilíbrio do organismo”. Outro ponto importante é a automedicação com suplementos. “O uso de vitaminas sem orientação profissional pode sobrecarregar o fígado e os rins. É preciso avaliar caso a caso”, ressalta. O papel do estilo de vida A imunidade não depende apenas da alimentação. Sono adequado, prática regular de atividade física e manejo do estresse também desempenham papéis decisivos. Além disso, hábitos nocivos, como tabagismo, excesso de álcool e consumo frequente de ultraprocessados, podem comprometer as defesas do corpo. O cuidado com a saúde mental também é essencial, já que altos níveis de ansiedade e estresse enfraquecem a resposta imunológica. “É o conjunto de hábitos que fortalece o corpo. Nenhum fator isolado faz o trabalho sozinho”, resume Gabrielle Ducci. Informação como cuidado Para a FPP, trazer informações baseadas em ciência é parte do compromisso de formar profissionais e conscientizar a sociedade. “Educar sobre saúde é também cuidar da população”, destaca as especialistas. Mas lembre-se, este conteúdo é informativo e não substitui a orientação de um profissional de saúde. Aprender é cuidar. Se você se interessa por saúde ou busca atualização profissional, conheça os cursos das Faculdades Pequeno Príncipe e faça parte de uma formação que transforma. Vem com a gente